O que é Parafilia no Autismo
A relação entre parafilias e autismo é um tópico complexo e ainda pouco compreendido. Alguns estudos sugerem que pessoas com autismo podem ser mais vulneráveis a desenvolver parafilias, mas isso não significa que todas as pessoas com autismo tenham parafilias.
Última revisão da página: 11 de outubro de 2023
Sobre a parafilia no autismo
Parafilia é um padrão de comportamento sexual recorrente e intenso que envolve objetos inanimados, crianças ou adultos que não consintem, ou o sofrimento ou a humilhação da própria pessoa ou da parceira. As parafilias podem ser consideradas um transtorno mental se causarem sofrimento ou prejuízos significativos à vida da pessoa.
No autismo, as parafilias são mais comuns do que na população geral. Um estudo de 2016, publicado na revista "Journal of Autism and Developmental Disorders", encontrou que 10,7% dos adultos com autismo tinham uma parafilia, em comparação com 2,9% da população geral.
Os tipos mais comuns de parafilias em pessoas com autismo são:
- Exibicionismo: o prazer é obtido em mostrar os órgãos genitais a outras pessoas.
- Voyeurismo: o prazer é obtido em observar outras pessoas nuas ou tendo relações sexuais.
- Masoquismo: o prazer é obtido em ser humilhado ou maltratado sexualmente.
- Sadismo: o prazer é obtido em humilhar ou maltratar sexualmente outra pessoa.
- Fetichismo: o prazer é obtido em usar objetos ou roupas inanimados para obter excitação sexual.
Não está claro por que as parafilias são mais comuns no autismo. Alguns pesquisadores acreditam que pode ser devido a uma combinação de fatores, incluindo:
- Dificuldades de comunicação e interação social, que podem dificultar a formação de relacionamentos românticos e sexuais saudáveis.
- Interesses restritos e repetitivos, que podem levar a comportamentos sexuais não convencionais.
- Problemas de processamento sensorial, que podem levar a uma maior sensibilidade a estímulos sexuais.
O tratamento para parafilias no autismo pode incluir terapia comportamental, medicação e educação sexual. A terapia comportamental pode ajudar a pessoa a identificar e mudar seus padrões de pensamento e comportamento sexuais. A medicação pode ser usada para tratar os sintomas de transtornos de humor ou ansiedade, que podem contribuir para as parafilias. A educação sexual pode ajudar a pessoa a aprender sobre comportamentos sexuais saudáveis e a desenvolver relacionamentos sexuais positivos.
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A BR Terapeutas é uma plataforma online que conecta pessoas com deficiência (PCD) a terapeutas especializados em atender esse público. A plataforma foi criada por uma fonoaudióloga que também é mãe atípica, que sentiu a necessidade de facilitar o acesso a serviços de saúde mental e bem-estar para pessoas com deficiência.
Referência
- Aspects of Sexuality in Adolescents and Adults Diagnosed with Autism Spectrum Disorders in Childhood
O tratamento envolve intervenções de diversas áreas como médicos, psicólogas, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, terapeutas ocupacionais entre outros, além da orientação de pais, cuidadores, amigos etc.
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